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sábado, 11 de dezembro de 2010

Passeio Socrático.

Frei Beto

Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelo produz felicidade?'

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'. Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã....'. 'Que tanta coisa?', perguntei. 'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!' Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados. Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!' Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual.. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizi­nho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais... A palavra hoje é 'entretenimento'. Domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, calçar este tênis, ­ usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba­ precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.
O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental, três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shoppings centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas... Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático. Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!"

sábado, 4 de dezembro de 2010

A fé.


Tenha fé!

Depois de desprezar seu poder por mais de um século, os cientistas comprovam: quem acredita na força espiritual vive mais e melhor.
Por Mariana Viktor.


Você já reparou que pessoas calmas resolvem melhor os problemas? Elas possuem uma espécie de confiança que não deixa o desespero chegar, mesmo em situações extremas. Um exemplo famoso é do menino Lin Hao, que, em 2008, após um terremoto que arrasou a província chinesa Sichuan, ficou sob os escombros da escola. Com apenas 9 anos, ele cantou enquanto esperavam um resgate que talvez nunca chegasse. Atitudes como a de Lin supõem mais do que temperamento equilibrado. É a confiança num poder maior que nos ampara. Essa fé pode não resolver os problemas miraculosamente, mas muda nossa atitude diante deles. Pode nos fazer cantar (ou ao menos manter a cabeça fria) em vez de entregar os pontos. O psiquiatra Harold Koening, do Centro de Estudo da Religião, Espiritualidade e Saúde da Universidade de Duke (E.U.A), afirma que quem se apóia na crença espiritual- isto é, numa força superior ligada ou não a uma religião- tem mais coragem e sabedoria para enfrentar as dificuldades.

Até a década de 80, a ciência torceu o nariz para esse fato, considerando a fé, uma característica de pessoas mais simplórias e negação da realidade. Hoje, os próprios cientistas concluem que ela é antídoto para o estress e pode prolongar a vida. “A explicação está ligada à diminuição da depressão, do suicido e do uso de drogas, bem como ao aumento do otimismo e da imunidade”, afirma Décio Iandoli, médico-cirurgião e vice-presidente da Associação Médico-Espirita Mato Grosso do Sul (AME/MS).

NÃO É MILAGRE.

Diversos centros universitários no mundo, como o Centro de Espiritualidade e Saúde da Universidade da Flórida (EUA) e o Centro de Estudos de Saúde, Religião e Espiritualidade da Universidade do Estado de Indiana, constataram que temos a surpreendente capacidade de interferir positiva ou negativamente sobre nosso estado físico e emocional.

“Pessoas que confiam no poder da fé conseguem atuar diretamente nos processos orgânicos. Elas diminuem a freqüência cardíaca, a pressão arterial e a produção de hormônios corticóides ligados ao estress, e isso as torna menos propensas a desenvolver doenças gastrointestinais, diabetes, hipertensão, depressão e males ligados ao sistema cardiovascular, endócrino e imunológico”, confirma Franklin Santos, professor colaborador de Tanatologia (estudo da vida e da morte) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

ORAÇÃO E CURA.

As pesquisas apontam, por exemplo, que o hábito de rezar aumenta a capacidade de adaptar-se às exigências da vida- a chamada resilência- e de superar a dor e a doença. “Aparelhos de neuroimagem mostram que durante a prece ou a meditação profunda ocorrem mudanças importantes nas funções cerebrais, que trazem mais tranqüilidade e equilíbrio a seus praticantes”, completa o doutor Décio.

Apesar de comprovado o poder benéfico do pensamento positivo e da crença em forças superiores (Deus, orixás, santos, espíritos, etc.), ainda há dúvidas sobre o efeito da prece intercessória- cura obtida através de orações de terceiros. “Rezar pelo outro faz bem para você, mas ainda não sabemos se surte efeito para que é motivo da oração”, diz Décio.

Alguns trabalhos indicam, porém, que as várias modalidades de toque terapêutico ou imposição das mãos induzem à cura ou a melhora dos sintomas no organismo alheio. Um desses estudos foi chefiado por uma grande pesquisadora do assunto, a professora Dolores Krieger, da Universidade de Nova York (EUA), e há trabalhos envolvendo práticas como Reiki, Johrei e o passe, com resultados comprovados até em plantas e animais. Como esses seres não se auto-sugestionam, afasta-se a hipótese de efeito placebo, que é quando os sintomas diminuem ou desaparecem por estarmos imaginando que aquilo realmente traz benefícios.

“Na verdade, o efeito placebo não é tão placebo como se imaginava: podemos criar bem-estar ou mal-estar a partir de nossos pensamentos e sensações. Se creio que tal terapia ou remédio é bom ou ruim, ele realmente poderá fazer bem ou mal”, afirma João B. Calixto, professor de Farmacologia da Universidade Federal de Santa Catarina.

A CRENÇA NO DIA A DIA.

Da mesma forma que os pensamentos confiantes e a fé na força do bem alteram positivamente as funções cerebrais, hábitos mentais de raiva, preocupações e pessimismo influem na saúde de forma negativa, gerando desde problemas gástricos até distúrbios mentais. Daí a importância de administrar com equilíbrio todos os nossos pensamentos e emoções.

Para que a fé traga resultados benéficos, ela precisa ser vivenciada diariamente como uma certeza interior. Não adianta ir à igreja e seguir rituais só para marcar presença. “ Agir assim é como rezar sem a alma, não desenvolve a fé”, diz Valeriano Costa, diretor da Faculdade de Teologia da PUC/SP. Da mesma forma, a busca por apoio espiritual só nos momentos de desespero não tem influência positiva na vida da pessoa. “ Essa fé de ‘emergência’ é insuficiente para trazer a serenidade. Ela precisa ser desenvolvida internamente”, afirma Décio. A crença prática, aquela incorporada nas atitudes e visão de mundo de cada um, apóia-se numa confiança no Deus dentro-de-mim e não é abalada pelo sofrimento. “Essa fé é construída quando passamos a refletir sobre aquilo em que acreditamos quando formamos juízo sobre a transcendência”, aponta Décio. E para isso a religião não é necessária, mas sim a espiritualidade, uma conexão íntima com o que a maioria de nós chama de Deus.

Quem desenvolveu a fé intrínseca enxerga esse poder até nos problemas. É o caso do ator Michel Fox, da trilogia De Volta para o Futuro. Em 1991, ele descobriu que sofria de Parkinson, doença degenerativa do sistema nervoso, e caiu em depressão. De repente encontrou uma força superior que agia dentro dele e agora convive com a enfermidade. Aos 49 anos, Fox escreveu um livro autobiográfico, Um Otimista Incorrigível (Ed. Planeta do Brasil), ganhou um prêmio Emmy e resume sua visão de mundo numa frase: “ Tento ver possibilidades em todas as circunstâncias- para tudo que nós é tirado, algo de grande valor nos é oferecido”.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Tenha sempre auto-estima.



Nem todos os dias acordamos com a auto-estima no alto, tem dias que estamos meio apagadas, tristes, descontentes com a nossa aparência mesmo. A gente tem sempre uma reclamaçãozinha a fazer: preciso perder essa barriguinha, quero emagrecer mais dois quilos, queria meu cabelo assim, queria ser assado.

Às vezes ficamos tão ligados no que nos dizem as revistas de moda, a televisão, os jornais, que esquecemos de olhar para a nossa beleza interior. Sim, para as nossas qualidades, todos nós temos, e de valorizar o que temos de bom e os obstáculos que superamos, isso é auto-estima.
Muitas das vezes passamos a viver na expectativa de ser feliz quando alcançarmos determinada coisa, quando comprarmos o carro, quando tivermos mais dinheiro, quando emagrecermos. Mas nem sempre essas coisas são acessíveis no momento e você acaba desperdiçando a maior parte de sua vida esperando que as coisas aconteçam. Não se esqueça que existem outros sucessos que podemos nos orgulhar, quanto mais tempo acreditarmos que a felicidade depende de algo externo, mais viveremos infelizes.

A pessoa não deve negar ou menosprezar o que é atualmente. “Mas, sim, ter a certeza que pode se modificar para alcançar o seu objetivo. Daí a motivação surge, para que você vá até o fim. A capacidade de se auto transformar, é a capacidade de olhar instante por instante para nós mesmos a ao mundo no qual moramos”.

Assim, se você está gordinha agora como eu, levante sua auto-estima, se sinta bonita como é, coloque uma roupa bonita, se maquie, se arrume, se ame, menina! Veja todos os obstáculos que você já conseguiu superar e o quanto você é uma pessoa forte e única, aí a transformação ocorrerá naturalmente.

Segue abaixo um artigo com exercícios para elevar a auto-estima:


"Eleve sua auto-estima com truques simples


Caso você tenha se identificado com as características de uma pessoa com baixa auto-estima, a psicóloga Walkyria Coelho, e instrutora da Sociedade Brasileira de Programação Neurolingüística dá uma boa notícia. Ninguém nasce com boa ou má auto-estima, e o conceito não é estático. Basta ser trabalhado .

Ela esclarece ainda que a baixa auto-estima pode ser conseqüência de críticas na infância. Existe um fator educacional, cultural e também a influência dos relacionamentos que rodeiam a criança . Wakyria explica que a caracterização da auto-estima é feita bem precocemente, até os sete anos de idade.

O primeiro segredo revelado pela especialista para dar mais valor a si mesmo e ter mais segurança em suas atitudes é super simples. Ao passar na frente de um espelho, repare também em seus pontos fortes. É natural sermos críticos, pois estamos treinados a nos desvalorizar. Faça o contrário então: procure as características que mais chamam atenção em você , ensina.

O próximo passo é encarar a vida com menos seriedade. Isso não significa perder o foco dos seus objetivos, mas sim pensar nos aspectos positivos de experiências difíceis. Vamos imaginar que você teve um relacionamento de cinco anos. De repente, o namoro termina por causa de uma traição da pessoa amada. Certamente é uma situação dolorosa, mas, em vez de fixar apenas nos fatos que rodearam a traição, lembre os bons momentos que tiveram e encare a experiência como aprendizado , aconselha.

Mais um conselho de Walkyria para elevar a auto-estima é pensar nos objetivos a serem conquistados. De acordo com ela, a questão não gira em torno de pensamento positivo apenas. É importante focar o pensamento nas atitudes que farão você atingir sua meta. Se quer emagrecer, por exemplo, não pense eu não quero engordar . Pensando desta forma, automaticamente você cria uma imagem gorda de si própria. Que tal pensar eu vou ficar magra e correr atrás do peso ideal? , simplifica a psicóloga"

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Os benefícios da castanha-do-pará.



Você já deve ter ouvido falar dos benefícios para a saúde que têm a castanha-do-pará. Pois é, tudo por causa de um mineral chamado selênio. Este mineral é extremamente importante para uma vida longa e saudável.


Uma unidade de castanha-do-pará do Norte ou do Nordeste do Brasil é suficiente para repor a quantidade de nutrientes necessários ao combate do envelhecimento celular, causado pelos radicais livreis, segundo a nutricionista Bárbara Rita Cardoso, pesquisadora do Laboratório de Minerais da Universidade de São Paulo.


A castanha também ajudaria na proteção ao cérebro, evitando o surgimento de doenças neurodegenerativas com a idade, tudo isso porque combate os radicais livres.


O selênio da oleaginosa está também associado ao combate do mal de Alzheimer, a melhora do funcionamento da tieróide e a capacidade do organismo de expulsar metais pesados e tóxicos.
Estudos recentes têm pesquisado a atuação do selênio na ajuda para reduzir o câncer de mama e outros tipos de câncer, e alguns associam a substância à diminuição do risco de doenças cardíacas.


Então pessoal, vamos consumir uma castanha-do-pará e ficar mais saudáveis!

(dados tirados dos sites: 1-
http://saude.abril.com.br/; 2- http://www.todafruta.com.br/)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Fibras ajudam a emagrecer.




As fibras são super importante em uma alimentação balanceada. E para quem está querendo emagrecer elas são “uma mão na roda”, pois ajudam a evitar que parte da gordura ingerida seja armazenada no nosso organismo. Se você ingerir alimentos gordurosos com fibras, cada grama de fibra capturará um pouco da gordura, formando uma rede que passa pelo trata intestinal e é eliminada antes de ser absorvida pela corrente sanguínea.


Ingerindo fibras, sua saciedade também vai ser maior, o que nos leva a consumir menos calorias. Os alimentos ricos em fibras levam mais tempo a serem digeridos e, desse modo, você beliscará menos entre as refeições.


A maçã é meu lanche preferido da manhã no trabalho, ela contém pectina e 4 g de fibras. A pectina diminui a vontade de comer, pois engana a região do cérebro que controla a fome, fazendo a pessoa se sentir satisfeita, apesar de ter comido apenas uma maçã. Seu alto teor de fibras ajuda a reduzir a pressão arterial e o colesterol no sangue, além de auxiliar na diminuição da incidência de pólipos intestinais e câncer de cólon.


Temos vários alimentos ricos em fibras, como hortaliças (tomate, cenoura, alface, ervilha, milho, vagem), pães integrais, frutas, grãos integrais (como arroz integral), entre outros.